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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Projeto de Lei pode oficializar Sacerdotes Afroumbandistas como teólogos

(Texto extraído do site do Jornal Grande Axé http://www.grandeaxe.com.br/)


Sacerdotes das religiões de origem africana e indígena podem se tornar Teólogos. O tema foi discutido nesta sexta-feira, 18 de fevereiro, no auditório do Sindicato dos Previdenciários do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, reunindo mais de 50 religiosos e interessados no assunto. A atividade foi promovida pelo EGBÉ ÒRUN ÀIYÉ e a Associação Nacional de Teólogos e Teólogas da Religião Matriz Africana (ATRAI), com apoio do AFRICANAMENTE e da Comunidade Terreira Ilê Axé Yemonjá Omi Olodo.

Conforme explica um dos organizadores do evento, o professor e Babalorixá Hendrix Ifáomi Silveira, tudo depende da aprovação do Projeto de Lei 114, de 2005, de autoria do Senador e Bispo da Igreja Universal do Reino de Marcelo Crivella. Se aprovada, a proposta abre precedentes para que Pais e Mães de Santo tornem-se teólogos. Para tanto, basta que o sacerdote comprove atuação e conhecimentos na Religião. Dessa forma, uma das ideias defendidas é a participação no curso de capacitação oferecido pela ATRAI (http://atraibr.org/cursos/).

O debate foi conduzido pelo professor Jayro Pereira, Teólogo da Religião de Matriz Africana e Afro-Brasileira. Ele enfatiza que Teologia não é uma área do conhecimento de exclusividade católica. “Nós todos da Religião Afro somos teólogos”, afirma. Entretanto, pondera, falta aos sacerdotes a consciência sobre a importância desse reconhecimento formal e por isso está mobilizando comunidades de religiosos do Brasil inteiro para esta discussão. Na opinião do professor, não há dúvidas de que o Projeto de Lei será aprovado, mais cedo ou mais tarde, e defende que sacerdotes e sacerdotisas tenham um mínimo de preparo para exercer os seus direitos.

Hendrix, ao enfatizar a riqueza dos ensinamentos repassados de forma oral de Pais para Filhos de Santo, afirma também que o estudo calcado em uma metodologia acadêmica irá agregar valor à Religião, a partir do “conhecimento sobre a prática. Muitos Religiosos praticam sem saber o porquê, repetindo o que lhes foi ensinado”, diz. Para ele, trata-se de entender as razões que estão por trás dos rituais da Religião. Além disso, ressalta, é uma maneira de combater o preconceito.

Outro assunto em pauta refere-se à regulamentação, pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC, sobre os cursos de graduação em Teologia. A fim de respeitar a liberdade religiosa, que está prevista na Constituição Brasileira, o MEC adotou a postura de não interferir no conteúdo ensinado nos cursos de Teologia. Entretanto, essa posição vem abrindo precedentes para que instituições fomentem a intolerância religiosa, o que levou o Ministério a discutir a construção de uma grade curricular baseada em sete eixos. A idéia é que os estudantes de Teologia, embora tenham o seu credo, tenham uma formação ampla, que inclui o respeito a outras práticas religiosas.





2 comentários:

Unknown disse...

motuba?fico feliz de saber que apesar de andarmos a passo de tartaruga estamos fazendo pogresso,a cultura e imprecendivel para que nos sacerdotes consigamos nosso espaço e respeito.perante uma sociedade devassa e incredula de valore e postura morais e preconceituosa.tendo em vista sacerdotisa como vc so enalteçe nossa relegião de orgulho.parabens bato palma pra vc e e essa linda gente que luta por uma sociedade mais justa e honesta.meus respeito! van t' sango do ilê adê oya asé egbé sango.raiz ile ola opo araka.filho de carlito t1 oxumare.campo grande ms.06792581439.

Unknown disse...

Awre meus àgbàs,com muita alegria que fico sabendo destas iniciativas, são estasaçoes que me fortalecem em propagar de forma academica e ereditaria aos que me procuram, agradecido por tornar público estes conhecimentos um forte Axé com saravá Dofono de Jagun Liminha de Maricá jonasliminha@yahoo.com.br
formamarica@yahoo.com.br